quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Jane Rachel Jones - Marcas e Corpo



Jane Rachel Jones tem um corpo feito para tatuagens. 3 das quais fez semana passada. Esse vício cortante de desenhar a pele fascina-a como nada igual. Ela gosta do prazer da dor que sente em tatuar o amor. Afrodite, Paraíso, Promessas Eternas em forma de verso e palavras. Rachel Jones tatua na mesma inquietude em que conta seus dedos. Tem gente que diz que ela exibe todo esse desleixo rabiscado na pele como uma ex-presidiária. Tem gente que jura que seu ‘ar’ exala um parecer autêntico. Ela não jura nem por nada neste mundo...

Se existe alguma paixão no mundo além da dor e do amor, eu diria que os Beatles são sim, a completa razão pela qual Rachel Jones ainda acredita na loucura. Acorda ao som de Martha, My Dear e enlouquece madrugada adentro no carro de um desconhecido,(escuta-se Helter Skelter). Adormece afogada em lágrimas alcoolizadas ouvindo o que John tinha a dizer, e ouvindo ruir as guitarras chega ao ápice do prazer (aquele que só a dor das tatuagens de amor pode levá-la). “A vida e a loucura são exatamente a mesma coisa, fundindo-se uma em outra, ao mesmo tempo. Só vale uma louca vida de prazeres”.

Defende suas paixões tal como pode defender seus amigos e cachorro. Com tal proteção e marcando seu território. É seu, é tudo seu. Por isso talvez se explique seu tamanho exagero. Nunca esteve em seu peso ideal, nem com as roupas certas para cada ocasião. Não sabe beber, e sempre bebe, passando mal. Por mais que o nicotina baixe sua pressão, ela segue em frente.Chora ao rasgar as roupas e pedir aos prantos que volte o que nunca veio. Ama o que ama e pode odiar a plenos pulmões tudo o que lhe negativar. Jane Rachel Jones não pode ouvir falar em morte que fica extremamente arrepiada. Teme a morte mais que teme morrer. Quer e muito viver pra sentir todo prazer que ainda não pôde (ainda que esteja condenada pela pele e pelos ouvidos).

Ela sente no fundo coisas que não pode admitir. Teme que a sensação um dia mude.

Nenhum segundo está lúcida. Parece estar sempre em constante ligação com uma vibração muito distante, onde sua mente não conversa, nem se liga com o chão. Tem a sensação de estar avoada, esbaforrida, com pressa. Pelo menos é assim que Alice vê Rachel Jones de longe enquanto ela dorme (em sonos pesados, boca aberta e corpo espalhado na cama)...

Tem família e amigos e muita gente contribuindo com a história. Mas ela sempre é vista extremamente perdida, incoscientemente alucinada e varia seu humor entre uma depressão profunda com uma conversa estupidamente alegre. Jane Rachel Jones não se encontra nenhum segundo perto da Terra. Rachel Jones é outra dimensão de viver. Onde vida é só prazer.

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